Moradores da Vila de Jeri fazem novos protestos contra cobrança de acesso, reacendendo o debate sobre a cobrança de ingressos para visitantes que desejam acessar a região.
O protesto, realizado na Pracinha de Jeri, reuniu representantes da sociedade civil e da iniciativa privada, que expressaram sua insatisfação com o modelo de concessão adotado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o consórcio Urbia + Cataratas.
A principal crítica dos manifestantes é a cobrança de até R$ 50 por dia para visitar a Vila de Jericoacoara, que está geograficamente cercada pelo Parque Nacional de Jericoacoara, mas não faz parte dele.
De acordo com Lucimar Marques, presidente do Conselho Comunitário de Jericoacoara, a medida vai contra o que foi discutido em audiências públicas realizadas para definir o modelo de concessão. "Deixamos clara a nossa preocupação com o livre acesso à Vila, que só pode ser acessada por meio do Parque Nacional, mas não faz parte dele", ressaltou.
A cobrança de ingressos tem gerado preocupações sobre o impacto na economia local e no meio ambiente.
Fábio Nobre, integrante do Conselho Empresarial de Jericoacoara, alerta que a medida pode comprometer de forma irreversível a vida dos moradores e o turismo de longa permanência, transformando o destino em um ponto de passagem para turistas de um dia.
Quem vendeu o Parque Nacional de Jericoacoara?
A resposta está no contrato de concessão assinado entre o ICMBio e o consórcio Urbia + Cataratas no início do ano passado.
O acordo prevê a cobrança de ingressos para visitantes do parque, com o objetivo de financiar a modernização, manutenção e operação das estruturas turísticas, além de ações de conservação e gestão.
O imbróglio se dá porque a Vila de Jericoacoara, embora cercada pelo parque, é uma zona urbana do município de Jijoca de Jericoacoara.
A cobrança de ingressos para acessar a vila tem sido vista como uma medida controversa, já que a população local não foi consultada de forma adequada sobre o modelo de concessão. "Ficamos surpresos com esse modelo de concessão que vai contra aquilo que foi prometido", disse Lucimar Marques.
A Urbia + Cataratas, em nota, defendeu o contrato, afirmando que a cobrança de ingressos é necessária para garantir a sustentabilidade do parque.
A concessionária também destacou que o valor de R$ 50 está sendo reavaliado e que está comprometida com a transparência e o diálogo com a comunidade local.
A população foi consultada?
Essa é uma das principais questões levantadas pelos moradores da Vila de Jericoacoara.
Durante o processo de consultas públicas, a comunidade expressou sua preocupação com o livre acesso à vila, que só pode ser acessada por meio do Parque Nacional de Jericoacoara.
No entanto, a implementação do modelo de concessão parece ter ignorado essas preocupações.
Lucimar Marques, presidente do Conselho Comunitário de Jericoacoara, destacou que a cobrança de ingressos vai contra o que foi discutido nas audiências públicas. "Deixamos clara a nossa preocupação com o livre acesso à Vila, que só pode ser acessada por meio do Parque Nacional, mas não faz parte dele", ressaltou.
A falta de transparência no processo tem gerado insatisfação e levado a novos protestos.
A Urbia + Cataratas afirma que está comprometida com o diálogo com a comunidade local, mas os moradores acreditam que suas vozes não foram ouvidas de forma adequada.
A cobrança de ingressos tem sido vista como uma medida imposta, sem a devida consideração das necessidades e preocupações da população local.
Quem são os donos do consórcio Dunas?
O consórcio Urbia + Cataratas, responsável pela concessão do Parque Nacional de Jericoacoara, é formado por empresas com experiência em gestão de parques e áreas turísticas.
A Urbia é especializada em desenvolvimento urbano e turístico, enquanto a Cataratas é conhecida por sua atuação em parques nacionais e áreas de conservação.
O consórcio foi escolhido pelo ICMBio para gerenciar o Parque Nacional de Jericoacoara, com o objetivo de melhorar a infraestrutura turística e garantir a conservação do meio ambiente.
No entanto, a implementação do modelo de concessão tem gerado controvérsias, principalmente devido à cobrança de ingressos para acessar a Vila de Jericoacoara.
A Urbia + Cataratas defende que a cobrança de ingressos é necessária para financiar a modernização e manutenção do parque, mas os moradores locais acreditam que a medida vai contra os interesses da comunidade.
A falta de transparência no processo de concessão tem sido um ponto de crítica, levando a novos protestos e demandas por maior diálogo com a população local.
Protestos contra cobrança de acesso: Moradores da Vila de Jericoacoara realizaram novos protestos contra a cobrança de ingressos para acessar a região.
Contrato de concessão: O ICMBio e o consórcio Urbia + Cataratas assinaram um contrato que prevê a cobrança de ingressos para visitantes do Parque Nacional de Jericoacoara.
Impacto na comunidade: A cobrança de ingressos tem gerado preocupações sobre o impacto na economia local e no meio ambiente.
Falta de consulta pública: A população local afirma que não foi consultada de forma adequada sobre o modelo de concessão.
Compromisso com o diálogo: A Urbia + Cataratas afirma estar comprometida com a transparência e o diálogo com a comunidade local.

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